No mês de novembro de 2018, estive em São Paulo, a convite de Kathia Castilho - Presidente da Abepem - e Daniela Auler - idealizadora e coordenadora do Projeto Moda Inclusiva - para participar do evento MoDe Abepem (Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas em Moda). O propósito é reunir pesquisas e projetos para debates e troca de ideias e compartilhamento de ações concernentes ao desenvolvimento sustentável e da inovação vinculados à Economia Criativa), realizado no Centro Cultural Vergueiro. Participa mos de uma mesa redonda cuja proposta era debater sobre economia Criativa Inclusiva, onde cada integrante relatou sua experiência em cima dessa proposta. Na ocasião, falei sobre o trabalho que desenvolvo com as Rendeiras do Cariri Paraibano, que consiste em empoderar essas mulheres em função do trabalho feito, e a partir deste, tentar ao máximo mostrar que é possível desenvolve-lo sem a presença do atravessador, que na maioria das vezes, alteram valor do produto - adquirindo por um custo baixíssimo e operando com grande margem de lucro - onerando o trabalho das rendeiras. Alguns atravessadores, inclusive, compram a renda e omitem sua fonte de produção, ou até mesmo atribuem sua confecção a outro estado, que não o de origem. Essa questão da ética é muito séria dentro do universo da moda e foi amplamente debatida nesse evento.
Mesa Redonda - Geraldo Lima, Guido Conrado e Romero Sousa.
Kathia Castilho (centro) e Daniela Auler ao lado de Romero Sousa. |