O status imagético da Direção de Arte


Através de um amigo cineasta paraibano Torquato Joel ingressei na produção de audiovisual, de início como produtor de direção de arte e figurinista no filme curta-metragem Transubstancial, a partir de então progredi com o trabalho em mais obras como em Ultravioleta de Diones no Congo-PB, Ambiente familiar também de Torquato Joel mas desta vez um longa-metragem, Beiço de Estrada do diretor Elieser Rolim...

O processo da direção de arte é baseado em diversas pesquisas que envolvem várias áreas como cenografia, figurino e visagismo. Por isto acredito muito que a união destes conceitos compõem o trabalho, mesmo que anteriormente eram vistas separadamente, porém para mim assumo a visão desta questão depois que li o livro Arte em Cena de Vera Hamburguer.

Diante disto, vejo que a Direção de Arte é totalmente imagética. O que se apresenta na tela em termos de imagem está lá a cenografia, o figurino e o visagismo que é a caracterização do personagem. Assim, através deste mundo novo, que não é tão novo para mim como espectador pois sempre assisti muitos filmes, foi fácil ingressar nesta profissão. Principalmente quando este imaginário retrata as questões culturais nordestina que tem muito a ver com meu mundo de transitar nesta região do sertão e essas duas capitais Recife onde nasci e João Pessoa onde sempre morei. Ainda também pelo curso que fiz de Artes Visuais que me auxiliou na visão ampla sobre texturas, composições e espaços.

Focando em criar e criar sempre, desenvolvo essas imagens através das minhas experiências nas produções cinematográficas e audiovisuais com muito estímulo nos detalhes, como detalhista que sou, trazendo sempre requinte com simplicidade.


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